Ela
conseguira um status social invejável. Era meiga e bem tratada. Tinha a
admiração dos amigos da escola, era bonita, despertava paixões que, eram
causadas não só pela beleza, mas também pela sua inteligência. Ah, e o menino
que ela tanto correu atrás e lutou para conquistar, agora, era seu namorado.
Sua
vida era um sonho. Pena que ela acordou.
Tudo
caiu, e ela percebeu que aquele seu mundo tropical, onde o sol brilhava
lindamente, tinha se transformado em um intenso inverno. O sol se escondia
atrás das negras nuvens. E ventava, Ah como ventava. Um vento frio e forte que
levou todo o seu status.
Sua
família se foi, e junto com ela, sua casa. Seus “amigos” se foram, e junto com
eles, os momentâneos momentos bons. Seu namorado também se foi, e junto com
ele, toda a esperança daquela menina. Mas, o amor parece ter ficado.
A
tempestade só aumentava. A menina se levantou e começou a caminhar contra a
tempestade. Nesse mesmo instante, a menina que era feita de carne, osso e
sonhos, agora era feita de lágrimas feita de dores. Porém, ela estava viva,
mesmo próxima a morte, continuava viva.
Ela
caminhava, estava determinada a ultrapassar aquele temporal. Quase sem forças
se calou, e ouviu os ecos gritantes que ecoavam do seu coração. Os gritos que
outrora saiam de um leve jazz, agora ecoavam de sua alma como um heave metal.
Ela estava viva. Mais viva do que nunca.
Após o
sofrimento, a dor do frio extremo, a menina desmaiou. Ao acordar, percebeu que
a tempestade passara, e, o dia, ah o dia, estava belo, a menina sorriu ao ver o
sol lá em cima a brilhar. E como estava lindo. Agora, sentada na beira da
praia, avista alguém, parece um menino, mas não sabe quem é. Mesmo assim, ela
vai de encontro a ele, e decide recomeçar.
A
menina está viva. Mais viva do que nunca.