Eu sempre procurei um
lugar pra descansar. Um lugar físico, é claro, mas, mais que isso, um lugar
não-físico. Procurei em diversas pessoas um porto segurar, um cais para que eu
pudesse ancorar meu coração cansado de tantos naufrágios.
A estabilidade não fazia
parte de mim, nunca fez. A felicidade vinha, eu à via, e por alguns instantes
eu à sentia, porém, depois, a tal felicidade tornava-se em névoa, que por sua
vez, se esvaía. E eu, me dissipava em dores. Pedaços de mim habitavam corações
felizes, mas, e eu? Onde seria o meu lugar? Eu não tinha lugar nenhum. Foi aí
então que eu me encontrei. Achei um lugar aconchegante numa casa bonita. A casa
tinha olhos, tinha boca, orelhas, mãos e pés. A própria casa me convidou a
entrar, e quando entrei tive a surpresa mais feliz de toda a minha vida: A casa
guardara um quarto especialmente pra mim, um quarto que pulsava e levava vida
para todo o restante da casa. E, as pulsações desse quarto me faziam dormir
feliz todas as noites. Eu acordava alegre.
Essa casa tem nome, e agora, eu sou inquilino. Não pago aluguel, nem água, nem luz. A minha única missão e dever é, cuidar bem desse quarto pulsante e dessa casa feliz, o que pra mim, é mais que um prazer.
Essa casa tem nome, e agora, eu sou inquilino. Não pago aluguel, nem água, nem luz. A minha única missão e dever é, cuidar bem desse quarto pulsante e dessa casa feliz, o que pra mim, é mais que um prazer.